segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Menino que olhava tudo

Não sei sobre o que escrever...deixarei as palavras escorrerem diretamente da minha mente para os dedos, sem censura, nem bloqueios.

Ele olhava ali todos os dias, aquele trecho sempre fez parte da sua rotina. Aquela casa antiga na esquina, que onde deveria ter um canto tem uma porta com vidro, e que normalmente as pessoas se assustavam com a dona da moradia parada ali, à espreita, sempre esperando mais um desavisado para passar e se assustar com a visão de ter alguém tão perto, estático como estátua, fitando-o.
Ele sempre prestava atenção demais aos detalhes, coisas fora do comum, pequenas, grandes, mas que ninguém mais se dava ao trabalho de enxergar. Mesmo elas sendo tão gigantes ao olhar atento dele, parecia que o resto do mundo simplesmente tinha se cansado, desistido de voltar seus olhares às coisas simples, porém belas, da vida.
E mais uma vez, após um bom tempo se divertindo com os sustos das pessoas, ela apareceu. Subindo distraidamente a rua, passando pela casa da senhora estátua sem mais se assustar.
Ele gostaria de saber seu nome...
Há tempos já que ele olhava ela passando, sempre no mesmo horário, sempre linda como somente ela sabia ser. Gostaria de saber o que ela tinha de especial, para chamar tanto a atenção dele.
Desde que viu ela pela primeira vez, ele ficou curioso. Queria saber o que ela fazia, porque passava todos os dias por ali, quantos anos ela tinha, o que gostava de fazer.
Ele gostaria de saber seu nome...

(continua)

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